segunda-feira, 9 de julho de 2012

Encantos - Aprilynne Pike



Em Encantos, após o início da trama com o best-seller mundial Asas, seis meses se passaram desde que Laurel descobriu ser uma fada e salvou o portal de entrada para Avalon. Lá, ela passará o verão estudando para aprimorar suas habilidades e adquirir conhecimentos como fada de outono. No entanto, com o tempo, a hierarquia social do lugar começará a desgastá-la e a fará repensar sua escolha.

Encantos - Série Fadas - Volume 2 - Aprilynne Pike

Leia a resenha do primeiro livro "Asas"

Laurel agora sabe que é uma fada e vai ter que lidar com as delicias e responsabilidades que isso traz. Nada melhor, então, do que passar o verão em Avalon, o reino das fadas e elfos, em uma dimensão paralela ao nosso mundo. Lá ela vai ter que suar o vestido de seda de teia-de-aranha para poder acompanhar o ritmo das aulas, e pelo menos tentar alcançar o mesmo nível de suas colegas fadas de outono.
O laboratório de herbologia de Avalon me deu uma saudade tremenda das estufas de Hogwarts, mas o reino criado por Aprilynne Pike não se resume a isso. A delicadeza de Avalon, seus detalhes coloridos e todas aquelas fadas e elfos diferentes levam qualquer um a viajar por suas ruas. Mas aquele detalhe da hierarquia entre as ‘espécies’ é bem irritante:
Fadas do Inverno: muito raras, são a realeza, mesmo mesmo.
Fadas de Outono: nem 5% da população, experts em poções e medicamentos.
Fadas de Verão: 15% de todas as fadas, são as exibidinhas, responsáveis pelas coisas bonitas e divertidas.
Fadas da Primavera: a rabeira da cadeia alimentar. Mesmo sendo massivos 80% e cuidando de praticamente TUDO, são consideradas inferiores.
Não culpo a Laurel por se indignar com o desprezo das outras castas pelas fadas de Primavera, ao seu ver (e ao meu também) todos contribuem para Avalon funcionar. Mas, enfim...
O triangulo amoroso. Ok, geralmente eu tento me manter imparcial nesses casos, sério, já que tenho uma tendência saudável a me apegar aos personagens... mas não deu! Quero que a Laurel fique com o Tamani. Pronto, falei.
O David é super legal e dedicado e fofo e super gosta dela, mas o Tamani é um elfo! Tá, não é só por causa disso mentira que eu quero que eles fiquem juntos. A química entre os dois, a tensão constante, os fez mais reais pra mim do que Laurel + David.
Retomando: Pike se livrou de qualquer insegurança que tinha no primeiro livro e aproveitou sua melhor característica: o texto despretensioso. Parece que ela não fez força nenhuma pra escrever, simplesmente foi colocando no papel.
“Encantos” possui bem menos ação que seu predecessor. Há grande quantidade de dados a serem assimilados pelo leitor, novas informações e o crescimento da protagonista, Laurel, é evidente. A personagem ainda parece uma bolha de emoções um tanto superficial, mas as escolhas da autora em certos momentos chave da narrativa determinam um caráter libertário e democrático extremamente atraente na personagem. Em suma, Laurel é alguém que vale a pena conhecer. O triângulo amoroso no qual a personagem se encontra, dividida entre David e Tamani, toma uma forma um pouco mais sólida, no entanto não se faz verdadeiramente importante à trama. A tensão romantica está centrada em Laurel e Tamani, o aspecto proibido de um possível relacionamento entre ambos, a intensidade de seus sentimentos e a química dos dois promete grandes emoções no próximo volume, "Illusions".

Acho essa série divinamente charmosa, com uma proposta original e que nos faz lembrar que a natureza e seus habitantes são seres afins, irmãos. O maior legado da autora a seus leitores é oferecer uma consciência social que raros outros livros de fantasia proporcionam. Recomendo !

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